Existem muitas figuras importantes em nossa literatura nacional que ou foram mal estudadas ou mal compreendidas, o que ofuscou o brilhantismo de suas obras.
Isso aconteceu, de certa forma, com Rachel de Queiroz, cujo trabalho lhe rendera diversos prêmios e notória atenção no palco da literatura nacional, mas hoje mal se fala dela.
Sua trajetória como escritora foi brilhante, e o tema de suas obras sempre estava relacionado com a sociedade nordestina de seu tempo.
Quem foi Rachel de Queiroz
Rachel de Queiroz nasceu em 17 de novembro de 1910, na cidade de Fortaleza, e em 1915 mudou-se para o Rio de Janeiro, por causa de uma grande seca em sua cidade natal.
Voltou à Fortaleza cerca de 2 anos depois, tendo morado também em Belém do Para.
Seus primeiros trabalhos foram publicada no jornal O Ceara, em 1925, onde escrevera poemas, crônicas e contos, com o pseudônimo de Rita de Queluz.
No mesmo ano publicou seu primeiro romance intitulado Histórias de um nome, mas só ficou nacionalmente conhecida aos 19 anos, ao publicar o romance O quinze, onde expôs a miséria do povo nordestino.
Se interessou por política e ingressou no primeiro partido comunista do Brasil, em 1928. Após um tempo, entrou no sindicato dos professores de ensino livre, militando a seu favor, indo morar em São Paulo.
Foi contemplada com o prêmio Felipe d’Oliveira em 1939 pela publicação do romance As três Marias.
Em 1937 foi presa em Fortaleza acusada de ser comunista, e teve muitos exemplares de seus livros queimados.
Durante a ditadura militar integrou o ARENA, partido político que sustentava o poder dos militares sobre o Brasil.
Publicou seu famoso romance Memorial de Maria Moura em 1992, onde narra a saga de uma cangaceira nordestina. Este romance foi adaptado para a TV em 1994, virando uma minissérie.
Escreveu durante 30 anos para o jornal O Cruzeiro, e com o encerramento deste passou a publicar no jornal O Estado de São Paulo.
Acumulou muitos prêmio ao longo da carreira, além de contribuir muito para a cultura nacional.